Homenagem em atividade nos 10 anos da Ocupação Amarildo de Souza

No dia 6 de julho, o presidente do Instituto Cidade e Território  (ITCidades), Lino Peres, recebeu homenagem, com mais dois companheiros, Rui Fernando da Silva Junior e Ronaldo de Andrade, na atividade que marcou os 10 anos da Ocupação Amarildo de Souza, hoje Assentamento Comuna Amarildo de Souza, em Águas Mornas.

A ocupação se deu entre 2013 e 2014, iniciada na SC-401, no Norte de Florianópolis, na perspectiva de um projeto agroecológico de ocupação de terras improdutivas, na mesma linha programática de ação do MST. No entanto, sofreu enorme repressão policial, judicial e midiática.

Foi a mais marcante ocupação desde as que hoje constituem o bairro Monte Cristo, na parte continental de Florianópolis. A ocupação começou com 15 famílias no final de 2013, chegando a 750 famílias, finalizando com a ida para um terreno do INCRA, de 145 hectares, em Águas Mornas, em julho de 2014.

Poucas famílias resistiram e ficaram naquela região, pleiteando regularização da situação fundiária no terreno ocupado e luz. Depois de mobilização e solidariedade de entidades sindicais e dos movimentos sociais, conseguiram instalar rede elétrica e construir uma horta comunitária de plantio de produtos orgânicos.

Aquele foi e é um sonho que se realizou no assentamento, marcando um território produtivo e com finalidade social e mostrando à população a importância de um projeto de transformação da terra, produção de alimentos saudáveis e solidariedade com todos aqueles que sofrem a exclusão da terra e do trabalho.

Com a repressão à época, o capital imobiliário financeiro e as oligarquias de Florianópolis mostraram que não há vazio fundiário sem valor, a não ser que seja para especulação imobiliária e não cumprindo a função social da propriedade e das terras da União, em particular agora, quando o governo Lula retoma esse princípio fundamental de destinar terras da União para moradia, lazer e produção agroecológica.

Parabéns, Assentamento Comuna Amarildo de Souza!